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O metrô de São Paulo é relativamento o mais caro dentre América e Europa

Uma reportagem publicada nesta terça-feira (01) pelo portal El País (http://migre.me/t8OMg) coloca, ainda mais, em xeque a capacidade do Governo Alckmin em gerenciar o transporte na região metropolitana de São Paulo.
 
Mostrando uma tarde “comum” na estação da Sé, uma das maiores e mais movimentadas estações de metrô do mundo, o portal desnuda o dia a dia de praticamente 5 milhões de usuários do Metrô, com relatos de pessoas que chegam a gastar sete horas diárias no transporte público metropolitano.
 
Em um vídeo (http://migre.me/t8PdD), o El País expõe a humilhação das pessoas que precisam entrar nos trens lotados, aos olhos dos seguranças que nada podem fazer para resolver ou mesmo amenizar anos de descaso e falta de planejamento e compromisso com a mobilidade urbana. Depoimentos de passageiros mostram o quanto o descontentamento com o serviço prestado é grande, não havendo, segundo usuários, justificativas razoáveis para o aumento da passagem, ocorrido no início do ano.
 
Um dos entrevistados, morador da Zona Leste, chega a dizer que prefere utilizar o ônibus pois, segundo ele, esse tem sido mais rápido que o Metrô, algo inimaginável quando se fala em transporte de alta capacidade.
 
Em outra matéria (http://migre.me/t8PsT), o preço do bilhete unitário do Metrô de São Paulo é mostrado como sendo relativamente mais barato do que em diversas cidades da América Latina, Estados Unidos e Europa, ficando nominalmente acima apenas de Buenos Aires e Cidade do México. No entanto, quando ponderadas as ofertas de linhas e distâncias, assim como o volume de usuários, temos aqui o mais caro e ineficiente sistema de transporte em trilhos dentre as cidades avaliadas.
 
Para a devida comparação, São Paulo, com 11 milhões de habitantes, conta com apenas 5 linhas em operação e 68 km de trilhos, enquanto Londres, com 8 milhões de moradores, possui 400 km e Paris, com 2 milhões de habitantes, 16 linhas e 214 km. Em número de linhas, a capital paulista só não perde de Santiago, no Chile, que também conta com apenas cinco, porém com 94 km de extensão e uma população de 5 milhões de pessoas.
 
Tudo isso, sem falar na CPTM, que é um exemplo de ineficiência, desconforto e mal atendimento aos usuários, com constantes problemas e atrasos.
 
Para piorar o quadro, o Governo do PSDB, responsável pelo transporte sobre trilhos, além de enfrentar sucessivas denúncias de escândalos de corrupção e desvios de recursos no Metrô e na CPTM, não consegue explicar satisfatoriamente à população o atraso nas obras das linhas Amarela e Lilás e no monotrilho, muito menos a suspensão das licitações que garantiriam a construção das extensões para Guarulhos e ABC, na região metropolitana e para Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital.
 
Enquanto Alckmin e seus aliados se afundam em desculpas e promessas, o Governo do Prefeito Haddad tenta aliviar um pouco a vida dos paulistanos e moradores das cidades do entorno, construindo corredores de ônibus, demarcando novas faixas exclusivas, ampliando as linhas e as gratuidades e melhorando a frota nas ruas. Porém, em uma metrópole como São Paulo, uma das maiores do planeta, os ônibus não serão capazes de atender toda a demanda. Precisamos de mais linhas, mais trens e um metrô de qualidade e que funcione.
 
A população não pode ser penalizada com um transporte em trilhos caro e ineficiente oferecido pelo Governo do Estado.
 
 

 

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