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Cadê a água?

Não é novidade que, de um dia para o outro, a Sabesp cortou mais 15% do fornecimento de água da segunda maior cidade do Estado, sem aviso prévio e por meio de um e-mail, sob a alegação injusta que a cidade não conseguiu economizar
Por Alencar Santana Braga*
Cadê-a-água
Devido a importância do assunto e o enorme risco que corremos, dedico novamente esta coluna para tratar sobre a água e alertar para a importância de uma solução definitiva referente o racionamento em Guarulhos, provocado há duas semanas pela Sabesp.
Não é novidade que, de um dia para o outro, a Sabesp cortou mais 15% do fornecimento de água da segunda maior cidade do Estado, sem aviso prévio e por meio de um e-mail, sob a alegação injusta que a cidade não conseguiu economizar.
Ora, a Sabesp já fornecia menos água do que a necessidade de Guarulhos, motivo de haver economia e rodízio em algumas partes da cidade. Com essa última do governador a cidade agora é obrigada a conviver com o racionamento.
Não é justo escolher a dedo a cidade que será penalizada pelo baixo nível do sistema Cantareira, ocasionado pela falta de chuvas e falta de planejamento por parte do governo do Estado, que não se preparou para uma possível crise como esta, já que desde 2010 o nível dos reservatórios estão baixando drasticamente.
Fica cada vez mais evidente que se trata de uma disputa política e eleitoral. Hoje, com essa nova redução, a cidade tem disponível para distribuição aproximadamente 3.600 litros por segundo de água, com uma demanda que é de 4.500 litros por segundo. E ainda há municípios operados pela Sabesp, atendidos pelo Sistema Cantareira, que apresentam cota per capita superior a do município de Guarulhos.
E a Sabesp diz ainda que Guarulhos recebe água mais do que suficiente para abastecer a cidade, culpando a gestão do Saae pelo racionamento, para desviar o foco da origem do problema, que é a falta de gestão do sistema produtor Cantareira.
Semana passada o governador, prevendo mais uma crise que compromete sua administração – haja vista as crises da segurança, educação e transporte público- procurou ajuda da presidenta Dilma com um projeto para captar água do rio federal Paraíba do Sul. Proposta essa que será ainda muito discutida, mas que a presidenta demonstrou total respeito e se colocou a disposição para resolver a questão de maneira republicana, agindo acima de qualquer interesse partidário.
O fato é que o governo do Estado de São Paulo não é planejado há tempos e vive de planos emergentes, faltando com respeito e diálogo com as cidades.
E por esta falta de diálogo e explicação que o prefeito Almeida solicitou uma audiência com o governador para tratar a questão. Precisamos que a Sabesp e o governo do Estado ajam com responsabilidade e resolvam o quanto antes, não somente a situação em Guarulhos, como também dos municípios que correm o risco de racionamento.
* Alencar Santana Braga é advogado, deputado estadual pelo PT/SP e presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia.

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