O Deputado Alencar Santana Braga PT-SP, logo em seguida no mesmo mês de março, após as declarações do presidente fez um requerimento ao Exmo. Senhor Ministro de Estado da Casa Civil, Gal. Walter Souza Braga Neto, requisitando algumas informações sobre o ato presidencial que determinava a produção da substância cloroquina pelo laboratório químico e farmacêutico do Exército brasileiro.
Foram questionados na época alguns pontos relevantes de suma importância para esclarecimento e conhecimento público como: que ato formal determinou a produção da substância cloroquina pelo laboratório oficial de química e farmacêutica pertencente ao Exército brasileiro? Antes de tal ato, pelo que se sabe até o momento somente com divulgação nas redes sociais de Bolsonaro, o mesmo laboratório já fabricava a substância, pedimos então a informação sobre este quantitativo produzido, mês a mês, do ano anterior até o ato presidencial determinando a fabricação de cloroquina, sua produção atual e os estoques mantidos no laboratório e os custos da fabricação entre outros questionamentos.
Pedimos, no entanto, os estudos técnico-científicos que embasaram o início ou a ampliação da produção de cloroquina pelo laboratório oficial do Exército brasileiro e não obtivemos resposta.
Como não obtivemos resposta, novamente entramos com um novo requerimento agora neste mês de julho e fizemos os devidos questionamento, já que o Governo Federal se esquiva e quer se eximir de qualquer responsabilidade jogando para o Ministério da Defesa, sua conduta irresponsável sobre o ato viabilizado e declarado do presidente Jair Bolsonaro que se acovarda diante dos fatos.
Cloroquina não tem comprovação científica de eficácia para o uso
A produção do medicamento denominado cloroquina tem gerado enorme debate no campo científico e lamentavelmente também no cenário político, onde a falta de conhecimento técnico na área da medicina recomenda que nenhuma medida sobre o uso do remédio seja adotada sem o devido embasamento médico.
A ausência de estudos demonstrando a eficácia do medicamento e seus fortes efeitos colaterais, que podem levar à morte dos pacientes, reforçam o temor da utilização da substância.
Ocorre que Bolsonaro, em mais um de seus gestos autoritários e genocidas, mandou o Exército brasileiro produzir esse medicamento, que além dos riscos de ineficácia no combate à doença e de grave exposição podendo levar à morte, certamente ainda consumirá vultosos recursos públicos, já escassos, para um fim que servirá apenas ao agravamento da crise sanitária, multiplicando os casos de óbitos no Brasil.
A insanidade mental do presidente precisa ser freada! Atualmente ele vem fazendo até propaganda em rede nacional fazendo uso da cloroquina como sendo eficaz ao tratamento da covid-19.
Por isso o Poder Executivo deve dar maiores esclarecimentos sobre o ato que autorizou a produção do medicamento, seus custos e relação de fornecedores, a fim de que esta Casa possa realizar seu essencial trabalho