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A participação da mulher na política

O século XX ficou marcado por avanços sociais, científicos e políticos que transformaram radicalmente nossa sociedade. Ouso dizer que não existe área do conhecimento que não tenha sido afetada de alguma maneira pelos novos ventos, mas, no caso das mulheres, as mudanças foram profundas. Em um curto espaço de tempo, elas garantiram direitos nos mais diversos setores, que vão desde a liberdade sexual até garantias como a participação no processo político.
Às vésperas de mais um “Dia Internacional da Mulher”, uma data importante para reflexões sobre o gênero, é fundamental destacar a participação das mulheres no processo eleitoral. Países de importância geográfica e econômica como o Brasil, com a presidenta Dilma Rousseff no comando, a Coréia do Sul e a Alemanha são governados por “elas”, algo completamente impensável até bem pouco tempo atrás, mas que hoje se apresenta como condição sine qua non para o pleno funcionamento da democracia em várias partes do mundo.
Com exceção da Nova Zelândia, que reconheceu os direitos políticos das mulheres ainda em 1893, a maioria dos países não tinha interesse algum em lidar com o tema no início do século passado. Isso estimulou o nascimento do movimento sufragista, que chacoalhou a Inglaterra, com mulheres indo às ruas para exigir seus direitos, sem o temor de enfrentar as forças policiais. Após a morte de uma militante nas ruas, e depois de exercer um papel determinante de apoio às tropas na Primeira Guerra Mundial, o movimento foi reconhecido e as inglesas puderam votar.
O movimento sufragista contagiou mulheres mundo afora. No Brasil, podemos destacar a dedicação da bióloga Bertha Lutz, filha do cientista Adolfo Lutz, que fundou a Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino no início dos anos 20, influenciando muita gente. Em 1928, com o apoio do marido, a professora potiguar Celina Guimarães Vieira se aproveitou de uma brecha na legislação no Rio Grande do Norte e se tornou a primeira eleitora mulher da história de nosso País.
Quatro anos depois, e após intensa campanha popular, o presidente Getulio Vargas reconheceu o direito das mulheres, que já nas eleições de 1934 elegeram nossa primeira deputada, a médica Carlota Pereira de Queiróz. Países como a França e a Argentina só seguiram o mesmo caminho nos anos 40 e a Suíça e Portugal, acreditem, apenas na década de 70. Desde então, a força das mulheres na política do Brasil se consolidou e elegemos vereadoras, prefeitas, deputadas, senadoras e governadoras, e uma presidente como Dilma.
Como se vê, não foi fácil. Por isso, convido a todas as mulheres a uma reflexão sobre o assunto e também para que participem cada vez mais da política em suas cidades e ou nas comunidades. A sabedoria da mulher ajudará a transformar nosso Brasil em um país sem pobreza e sem miséria.
* Alencar Santana Braga é deputado estadual e líder do PT na Assembleia Legislativa
050313

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