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Temos que lembrar para valorizar

Por Alencar Santana Braga*
Ontem, 31 de março, completou-se 50 anos do golpe militar, em que o presidente João Goulart foi deposto e os militares instituíram a ditadura em nosso País. Um regime de exceção que perdurou por 21 anos.
Devemos encarar este momento como uma oportunidade para relembrarmos a triste e dolorosa história, e trazer à memória de cada brasileiro o que foi aquele momento sombrio, de medo,  de arbitrariedade e opressão que o povo brasileiro sofreu.
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Se faz fundamental essa lembrança e reflexão para termos a certeza que a democracia brasileira que se aperfeiçoa a cada novo ano, inclusive contando com apoio da maioria de nosso povo, é um sistema político onde a participação popular e a liberdade de expressão são princípios básicos e inegociáveis.
Um regime que permite a expressão e manifestação do povo brasileiro na luta por aquilo que acredita, haja vistas as manifestações ocorridas em junho do ano passado, em que milhares foram às ruas reivindicar por mais direitos, bem como a garantia da participação popular nas decisões políticas.
Cenas que marcaram a memória de alguns, mas não mais que aquele período arbitrário, em que militantes políticos contrários à ditadura estabelecida eram presos, torturados, mortos e muitas vezes obrigados a fugirem do País.
Período este que contou covardemente com apoio e conspiração do governo americano, de empresários e de parte da mídia brasileira, que acobertaram as atrocidades cometidas, em troca de benesses dos militares. Enquanto isso mortes, prisões, torturas e exílios se repetiam. Além das intragáveis censuras culturais e artísticas daquela época.
Momentos que quando recordados nos fazem valorizar ainda mais o período democrático o qual vivemos.
É preciso lembrar também que muitos foram os que não se curvaram e enfrentaram com todos os meios possíveis para que a democracia se restabelecesse.
Graças aos corajosos que não se calaram, mesmo quando o preço era a própria vida, a democracia foi novamente estabelecida a partir de 1985, e as lutas por conquistas sociais puderam ser retomadas livremente.
Pois é, hoje há em nossa história recente um ex-presidente nordestino, pobre e operário. E atualmente, à frente da Presidência da República uma mulher, e mais, ex-guerrilheira que estava entre os que se opunham àquele sistema político de opressão, repressão, censura e morte.
Que os episódios de repressão e violência, heranças do passado, que por vezes ainda nos assolam, sejam passados a limpo e a verdade apareça, para que todo o povo brasileiro tenha plena consciência desses tristes anos e, para que saiba que a construção de um país livre e soberano, com igualdade, é fruto da efetiva participação popular nas decisões políticas.
* Alencar Santana Braga é advogado e deputado estadual pelo PT/SP

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