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Tucanos sabiam e autorizaram fraude bilionária

Siemens apresentou às autoridades brasileiras documentos que afirmam a ciência e autorização do governo para a formação do cartel.
Por Daniele Lopes, com informações Folha de S.Paulo
 
O jornal Folha de S. Paulo, traz nessa sexta-feira (2), reportagem sobre provas que multinacional alemã Siemens tem de que todo o esquema de cartel para licitações de obras do metrô no Estado tinham o aval do governo estadual.
Segundo a reportagem, a Siemens apresentou às autoridades brasileiras documentos que afirmam a ciência e autorização do governo para a formação do cartel.
A negociação com representantes do Estado, segundo a Siemens, está registrada em “diários” apresentados pela empresa ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
 
A denúncia
No mês passado, veio a público a denúncia da existência de um sistema que desvia, há quase 20 anos de governo do PSDB em São Paulo, bilhões de reais das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Empresas que concorriam à licitação para a manutenção, aquisição de trens, construção de linhas férreas e metrôs formavam cartéis e venciam com presos superfaturados.
 
O sistema foi revelado ao Ministério Público e ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pela multinacional Siemens, que também fazia parte do esquema e denunciou toda a falcatrua em troca de imunidade civil e criminal.
Segundo reportagens da Revista IstoÉ, o Cade e o MP concluíram, após análises de documentos da Siemens, que os cofres paulistas foram lesados em pelo menos R$ 425 milhões.
De acordo com a Siemens, a formação do cartel para a linha 5 do metrô de São Paulo se deu no ano de 2000, quando o tucano Mário Covas governava o Estado.
Tendo o conluio se estendido ao governo de seu sucessor, Geraldo Alckmin (2001-2006), e ao primeiro ano de José Serra, em 2007.
Ainda segundo a reportagem de hoje do jornal Folha de S. Paulo, documento entregue pela Siemens aponta o suposto aval do governo em favor de um acerto entre empresas para a partilha da linha-5, em trecho hoje já em operação.
Chamado de “grande solução”, o acerto era, segundo os papéis, o desfecho preferida pela “secretaria” (de transportes) por oferecer “tranquilidade na concorrência”.
Consistia em formar um consórcio único para ganhar a licitação e depois subcontratar empresas perdedoras, o que, de fato, ocorreu.
A matéria diz ainda que, no texto, de fevereiro de 2000, executivos da Siemens descrevem reuniões para a costura do cartel. Um documento interno aponta que “o fornecimento dos carros [trens] é organizado em um consórcio político’. Então, o preço foi muito alto”.
“Consórcio combinado, então, é muito bom para todos os participantes”, relata um executivo da Siemens.
A Siemens diz que um acordo permitiu ampliar em 30% o preço pago em outra licitação para manutenção de trens da CPTM.

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