Presidente falou a mais de duas mil pessoas no Teatro Nacional de la Casa de la Cultura
Por Instituto Lula
Sexta-feira, 7 de junho de 2013
Sexta-feira, 7 de junho de 2013
Depois de receber a Ordem Nacional de San Lorenzo das mãos do presidente equatoriano Rafael Correa, o ex-presidente Lula falou a uma plateia de mais de duas mil pessoas no Teatro Nacional de la Casa de La Cultura em Quito. Falando de improviso, Lula provocou risos e aplausos diversas vezes. Lula elogiou a transformação pela qual a América Latina passou nos últimos anos, com crescimento e diminuição das desigualdades. “Quando eu vejo o que aconteceu aqui no Equador, no Uruguai, na Argentina, quando eu vejo um índio governando a Bolívia, eu percebo que valeu a pena acreditar na política”.O ex-presidente destacou o papel dos governos de esquerda na América Latina, que passaram a olhar os pobres não mais como problema, mas como solução. Contou que o Bolsa Família, que muitos no Brasil chamavam de puro assistencialismo, foi essencial para que o Brasil não sofresse mais com a crise internacional. Teve que enfrentar críticos que diziam que era impossível aumentar o salário mínimo sem aumentar a inflação, e o salário mínimo teve aumento em todos os anos de seu governo, sem causar inflação. Pelo contrário, 36 milhões de pessoas saíram da miséria, 40 milhões ascenderam à classe média, foram criados 20 milhões de empregos formais. “O dinheiro na mão do pobre faz a economia girar, e é por isso que a América Latina dá certo”.Lula foi convidado a falar sobre o tema “Governos progressistas e integração latino-americana” e um público formado por ministros, parlamentares e militantes de diversos movimentos sociais lotaram o teatro na capital equatoriana. Lula lembrou da época em que todas as atenções dos governos latino-americanos estavam voltados apenas para Estados Unidos e Europa. “A corrente comercial no Mercosul era de apenas 10 bilhões de dólares. Dez anos depois está em 50 bilhões. Na América do Sul, subimos de 15 para 70 bilhões; e, na América Latina, de 20 para mais de 90 bilhões”.Mas essa integração não pode ser apenas comercial, como destacou o ex-presidente. Depois que deixou a Presidência e fundou o instituto que leva seu nome, um dos principais objetivos do ex-presidente é trabalhar pela integração latino-americana. “É preciso criar uma doutrina de integração latino-americana. Por isso estou me dedicando a falar com estudantes, sindicalistas, intelectuais, empresários, movimentos sociais…”.
Como havia feito em um encontro com jovens em Lima, no Peru, Lula terminou sua fala incentivando os equatorianos a participarem da política. “Muitos têm preconceito contra a política, dizem que não gostam de política. Mas saibam que fora da política não há solução. Todas as vezes em que a humanidade renegou a política, o que veio depois foi muito pior”. E continuou: “O político perfeito que nós queremos não precisa estar dentro do outro, pode estar dentro de nós. A América Latina necessita muito de vocês para que nunca mais haja retrocesso”.
Como havia feito em um encontro com jovens em Lima, no Peru, Lula terminou sua fala incentivando os equatorianos a participarem da política. “Muitos têm preconceito contra a política, dizem que não gostam de política. Mas saibam que fora da política não há solução. Todas as vezes em que a humanidade renegou a política, o que veio depois foi muito pior”. E continuou: “O político perfeito que nós queremos não precisa estar dentro do outro, pode estar dentro de nós. A América Latina necessita muito de vocês para que nunca mais haja retrocesso”.