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Moradores de Guarulhos protestam por unidade médica fechada há quatro meses

Gestão Guti interditou o local alegando necessidade de reforma, mas até agora nenhuma ação foi tomada. Usuários criticam descaso

A gestão do prefeito de Guarulhos (região metropolitana de São Paulo), Gustavo Henric Costa, o Guti (PSB), deixou a população do bairro Taboão sem pronto atendimento médico ao fechar a unidade do Jardim Paraíso, em 19 de dezembro. Com uma reforma prevista para durar um ano, ao custo de R$ 1,9 milhão, a gestão disse aos moradores que era preciso fechar totalmente a unidade para realizar a obra. Porém, passados quase quatro meses, nada foi feito. Nem a licitação para definir a empreiteira responsável pela obras, que vai transformar o local em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tipo III, tem previsão de lançamento.

 

Segundo o vereador Edmilson Souza (PT), a unidade funciona há quase 30 anos. “A população está fazendo um abaixo-assinado e vai encaminhá-lo ao prefeito e ao Ministério Público”, afirmou. Para ele, a gestão Guti foi “irresponsável” ao fechar o local. “É uma atitude desastrosa, de total desrespeito ao povo do Taboão. Além disso, é uma irresponsabilidade deixar milhares de pessoas sem atendimento médico, sendo que não tinha qualquer previsão efetiva de iniciar a obra”, completou.

A gestão indicou à população que necessitar de atendimento médico para se deslocar ao Hospital Municipal de Urgências (HMU), à UPA Paulista ou para a Policlínica Paraventi. Porém, os moradores reclamam que essas unidades são distantes e a população é de baixíssima renda. “É muito difícil para a gente se deslocar. Ainda mais passando mal. Nós pedimos que a unidade fosse reformada em partes, mas a prefeitura não aceitou”, disse Maria da Conceição Tardim, conselheira gestora da Unidade Básica de Saúde (UBS) Taboão.

Segundo ela, todos os equipamentos foram retirados do local e a equipe foi transferida para a UPA Cumbica, inaugurada em 2013. “O prédio não estava com tanto problema assim. A unidade é pequena, mas não tinha goteira, nem infiltração, nada disso. Nós queremos que reabra a unidade e vá fazendo a reforma aos poucos”, afirmou Maria da Conceição. Ela relatou ainda que a gestão sugeriu abrir a UBS Taboão em um terceiro turno, mas que não há equipe ou estrutura para isso.

A unidade atendia, em média, 13 mil pessoas por mês e contava com toda estrutura para atendimento de urgência e emergência de baixa complexidade, inclusive raio-x. O maior entrave no momento é que a verba para reforma da unidade vem do governo federal, e trâmites burocráticos estão impedindo a liberação do valor.

“É uma vergonha esse descaso que o governo Guti vem tendo com a saúde do município. Disse que melhoraria e só tem piorado. Se não iria começar a obra, não tinha que ter fechado. Temos que continuar esta luta pela reabertura do PA urgente. E o prefeito tem que ter um pouco de sensibilidade e compromisso com a nossa população”, afirmou o deputado estadual Alencar Santana (PT).

Créditos: matéria veiculada pela RBA – Rádio Brasil Atual: P.A Paraíso abandonada
 

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