Por Alencar Santana Braga*
Na semana passada, veio a público a decisão do Ministério Público (MP) de São Paulo em suspender 10 contratos de reforma e manutenção de 98 trens do Metrô.
Mais uma vez há suspeitas de irregularidades envolvendo empresas prestadoras de serviço e a Companhia. Dessa vez é um superfaturamento em R$ 875 milhões envolvendo o cartel denunciado pela Siemens no ano passado.
O detalhe desses contratos é que cada trem modernizado custa quase o valor de um novo, 85% do valor. Um absurdo. Além disso, grande parte dos trens já reformados, apresentaram problemas e estão parados. É dinheiro jogado fora que poderia ser usado para a expansão de novas linhas.
É inconcebível. Enquanto o cidadão sofre com a mobilidade na Grande São Paulo, bem como com a superlotação e panes nos trens da CPTM e do Metrô ocasionadas pela falta de linhas, má gestão e falta de planejamento, nos deparamos com lamentáveis fatos de corrupção com o dinheiro público. Uma vergonha.
Desde 2008, a bancada dos deputados estaduais do PT, tem apresentado ao MP denúncias de corrupção e superfaturamento na CPTM e no Metrô, na aquisição de trens, reforma de vagões e execução de obras. Inclusive estivemos em audiência no Ministério para solicitar informações dessas investigações.
Enfim, parece que providências estão sendo tomadas e esperamos que tudo seja esclarecido e resolvido. Não pode o povo continuar pagando pelas irresponsabilidades de alguns, sofrendo as consequências diariamente.
Linhas de trem e metrô devem ser construídas, manutenções realizadas e outras ações que melhore o transporte público do povo paulista. Mas que seja com responsabilidade e respeito com o dinheiro público.
Afinal de contas, há mais 20 anos a média de crescimento do metrô não passa de 1,9 km por ano e precisamos urgentemente aumentar nossa malha metroferroviária.
* Alencar Santana Braga é advogado e deputado estadual pelo PT-SP
Expansão da malha metroferroviária deve ser prioridade
fevereiro 5, 2014
Por Alencar Santana Braga* Na semana passada, veio a público a decisão do Ministério Público (MP) de São Paulo em suspender 10 contratos de reforma
