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Entrevista LD: “Queremos sensibilizar a sociedade e as autoridades para nos ajudarem a ordenar a Ceagesp e acabar com a dor de cabeça dos moradores da região” – Mario Maurici

À frente da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo, a Ceagesp, Mario Maurici fala sobre as últimas manifestações ocorridas no dia 15 de março e conta quais foram os resultados dos atos de vandalismo

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Luiz Braz, Portal Linha Direta

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Gerir uma das maiores companhias de entrepostos do mundo. Esta é a tarefa de Mario Maurici, há cinco anos presidente da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo, a Ceagesp. Para a Entrevista LD, Maurici fala sobre as últimas manifestações que ocorreram durante as primeiras semanas de março e as obras de reestruturação pelas quais a Companhia está passando. Ouça a entrevista completa na Rádio Linha Direta às 18 horas desta segunda-feira (24).

A Ceagesp é um dos maiores entrepostos de hortifrutis do mundo. Circulam diariamente perto de 12 mil caminhões e 50 mil pessoas. Ao todo, são 600 comerciantes que operam 2.700 contratos, quatro mil carregadores e mais ou menos 15 mil funcionários. A Ceagesp é uma empresa que há 18 anos foi oferecida pelo governo estadual em troca de uma dívida com o governo federal. O processo de federalização começou em 1998. Na época, a empresa foi inscrita no processo de estatização para ser vendida. De lá pra cá, são 18 anos de prejuízo, o que contabiliza cerca de 75 milhões de reais. Em 2013, conseguimos completar a venda para o governo federal e receber cerca de 100 milhões que o governo do estado nos devia. Com isso, a Ceagesp começa a ganhar força como empresa.

   

Na última sexta-feira de dezembro, entraram mais de 26 mil veículos – isso significa uma média de 25 carros por minuto. É impossível que não tenhamos problema de congestionamento, atrapalhando a vida das pessoas da zona oeste de São Paulo, em especial, da Vila Leopoldina. Há muito tempo estamos aplicando medidas de gestão para tentar acelerar a operação dentro do mercado e estabelecer instrumentos de controle da população que circula aqui para tentar evitar congestionamento no entorno do local, além de passar a controlar melhor a comercialização de alimentos frescos.

  Uma maneira de operar essa velocidade é tirando daqui de dentro cerca de dois mil utilitários e caminhões que permanecem estacionados todos os dias. Para isso, pensamos em uma alternativa: penalizar aqueles caminhões que não tem nada a ver com a operação e que estão aqui dentro ocupando lugar de veículos que irão realizar a carga e descarga de produtos.   A tensão no mercado é muito grande e de todo tipo. A Ceagesp é setorizada, tem um pavilhão que vende fruta, no outro produtos importados, em outro pavilhão é vendido apenas verdura e assim vai. Há uma tensão entre os setores. Isso ocorre pelo grande tráfego de veículos e a falta de ordenação do mercado. O que chamo de falta de ordenação? Aqui é um espaço público que foi apropriado pelos privados. Nosso problema hoje é que precisamos impor medidas de gestão para acabar com esses impasses.   Nesse episódio fomos alvo de uma orquestração de bandidos, porque aqui não tem só comerciante, tem bandido também. É evidente que em qualquer lugar tem uma concentração de gente dessa natureza, são malfeitores. O que nos falta é condições e força para impormos nossas medidas de gestão.   Depois deste episódio, o mercado está funcionando num caos. Os operadores de trânsito não estão trabalhando, pois foram ameaçados. Isso faz com os caminhões estacionem na contramão, em lugares proibidos, congestionando todo o tráfego. Por outro lado, nossos fiscais de confiança estão trabalhando como podem, mas em número reduzido. Isso significa que você pode ter um descontrole da clandestinidade aqui. A situação é bem difícil, nós estamos pretendemos semana que vem anunciar uma série de medidas.       Precisamos restaurar o monitoramento por câmeras, pois algumas foram quebradas durante as manifestações. Assim, conseguiremos permitir que a polícia tenha acesso às imagens e inibir esse tipo de criminalidade. Parte deste projeto seria financiado pela tarifa do estacionamento. Imaginemos o número de caminhões que entram aqui, você acha que não entra nenhum com droga? À noite permanecem cerca de duas mil pessoas, como posso garantir a você que não tenha nenhuma criminalidade? Quanto vale um ponto do jogo do bicho aqui? Porque aqui tem. Nós estamos mexendo com gente trabalhadora, honesta, como alguns comerciantes, carregadores e motoristas. Mas também lidamos com pessoas que não sabem o que fazem e nem o tipo de interesse que tem aqui dentro. Como já se percebeu, aqui é um espaço muito devassado, qualquer um que junte pessoas dispostas a bater, ou botar fogo, consegue fazer isso porque nós não temos como coibir. Nossa segurança aqui é meramente patrimonial, é uma segurança despreparada para uma situação de conflito como esta. Então, nestas situações, nós não temos como reagir.       No dia 19 de março, mandamos as imagens que conseguimos captar para a polícia e eles ainda estão analisando. Estamos pedindo ao Ministério Público que acompanhe as investigações para que tenha resposta esta violência absurda que ocorreu aqui dentro.       Assim como te falei, nós não temos meio de entender algumas coisas. Sexta-feira, segundo dia da cobrança da tarifa no estacionamento, houve um fluxo muito maior de veículos do que em um dia normal. Isso provocou congestionamento e desde a madrugada teve “buzinaço”. Às 10 horas da manhã, a situação se normalizou. Após 20 minutos, começaram as depredações. Não foram as pessoas que desceram do caminhão ou que estavam paradas. Foram pessoas que apareceram do nada, em grupo. Outras que estavam se comunicando pelo celular orientavam o quebra-quebra. Foi isso que aconteceu.       Tivemos um episódio semelhante a este há dois anos. A polícia al
ega ter dificuldades do ponto de vista operacional, afirmando que aqui é uma companhia privada e que a segurança do interior não é papel dela. A PM tem o procedimento dela e nós respeitamos.   O que nós queremos agora é discutir com o governo do estado uma atuação efetiva, para que ele entenda que esse entreposto é um caso diferenciado. A gente não pode ficar discutindo competência de segurança, numa situação grave como a que atravessamos aqui. Afinal de contas, me lembro de casos em que as Forças Armadas intervieram na Petrobrás por considerarem petróleo um setor estratégico. Ora, eu quero perguntar: alimentar a população não é estratégico? Tem alguma coisa mais estratégica do que lidar com a fome das pessoas? Queremos sensibilizar a sociedade e as autoridades para nos ajudarem a ordenar isto aqui. Precisamos acabar com a dor de cabeça dos moradores da Vila Leopoldina que não conseguem dormir de madrugada e com o problema de quem trabalha na zona oeste e pega o trânsito congestionado frequentemente. Nós queremos poder oferecer para a sociedade um produto fresco e com a segurança de que não terá contaminação. Esse é o nosso desejo.       Dessa maneira que te falei, procurando força policial para garantir a implantação das medidas de gestão que podem resolver os problemas. Nós sabemos como resolver, mas esses episódios demonstraram claramente que não temos força para fazer isso sozinhos.       Não dá para avaliar ainda. O prejuízo mobiliário nós já calculamos, embora eu não tenha esse número agora. Mas, por exemplo, para o prédio que foi incendiado estamos contratando um laudo para ver o nível de abalo nas estruturas. Se houver abalo, o prejuízo será um, se não houver, o prejuízo será outro. Então não tenho condições de afirmar isso ainda. O que eu sei é que apenas a Ceagesp e a sociedade civil tiveram prejuízo. Os comerciantes trabalharam normalmente naquele dia.       A Ceagesp, embora seja uma empresa federal, não depende do Tesouro Nacional, não faz parte do orçamento fiscal da União – não existem mecanismos legais de repasse de recursos para a Ceagesp. O que a companhia tem de recurso é o que ela consegue arrecadar com o pagamento de aluguel (o TPRU – Termo de Permissão Remunerada de Uso) e as despesas condominiais (como segurança, água, luz e manutenção). No total, a arrecadação chega a 96 milhões de reais por ano. Mas essa relação tem sido muito desfavorável à companhia. Isto porque, o lucro dos comerciantes em 2013 ficou em aproximadamente nove bilhões de reais. Ou seja, há uma relação perversa e muito desigual entre o poder econômico movimentado nesse setor e a condição da companhia que é gestora.   O que fizemos até agora foi eliminar o subsídio excessivo. Com isso, passamos de uma situação onde tínhamos prejuízo operacional de um milhão de reais por mês, para um momento em que não sofremos mais prejuízo e temos capacidade de investir. Por capacidade de investir entende-se que temos sete contratos de manutenção e reforma no entreposto de São Paulo. A nossa perspectiva é reequilibrar o negócio, ordená-lo. Existe espaço para que a companhia opere bem esse setor, sem onerar a sociedade e nem o tesouro, inclusive a tarifa é para isto. Paga pelo serviço quem de fato usufrui e não o contribuinte.       Nós temos contratos de reforma para os telhados dos pavilhões, de pavimentação, para melhorias na parte elétrica, de reconstrução das plataformas, de modernização dos portões e portas e também da reforma do MLP – um pavilhão de 40 mil metros quadrados que compõe a Ceagesp.       Os comerciantes estão aqui há 46 anos. O que diz a lei? A ocupação de um espaço público para pessoas privadas deve ser feito mediante licitação pública. O que o Ministério Público está solicitando é para fazermos valer a lei. Ou seja, abrir concorrência pública para a ocupação dos boxes do Ceagesp e obviamente os comerciantes são contra isso. Essa é a maior tensão que vivemos hoje. Mas existem outros problemas graves aqui, como a prostituição e o trabalho infantil.       Ao contrário, o processo de modernização tende a baratear os alimentos e não aumentar o valor. Pelo número que te dei, do quanto a Ceagesp recebe e o quanto os comerciantes têm de lucro, se houver algum reajuste vai ser na margem de lucro dos comerciantes.   *Edição: Mariana Blessa    

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