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No lançamento da revista “A verdade – nada mais que a verdade”, o deputado apresentou documentos comprovando sua inocência e falou que pela primeira vez o PT tem plenas condições de ganhar os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro

Por Elineudo Meira, Portal Linha Direta
Sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Na noite desta quinta-feira (16), o Clube Floresta, em Osasco, ficou pequeno para comportar os militantes e dirigentes que se reuniram pra manifestar solidariedade ao deputado federal João Paulo Cunha. Mais de 700 pessoas, entre vereares, prefeitos, deputados, dirigentes dos partidos como PT, PC do B, PDT e PV.
De acordo com o professor Luís Carlos, chefe de gabinete do deputado federal João Paulo Cunha, a revista é fruto de um trabalho coletivo. “Confeccionamos essa revista e a ideia é ajudar vocês. A revista é um instrumento totalmente didático, fácil de ler, não está escrito em advogais e ela é fruto de um grupo do mandato, ela é uma revista coletiva e teve muito trabalho do João Paulo”, frisou o professor.
Participando do ato, Zé Pedro, o presidente do Diretório Municipal do PT na cidade de Osasco, conclamou a militância para ler com bastante atenção a revista ‘A verdade’. “Vamos ler com bastante atenção essa revista do companheiro João Paulo, que está trazendo a sua defesa. João Paulo, apesar de tudo, não está se escondendo”, disse. Segundo Zé Pedro, João Paulo, José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares estão sendo perseguidos, pois o PT ousou fazer um projeto de transformação social.
O prefeito de Carapicuíba, Sérgio Riberio, também prestou solidariedade: “o João Paulo nunca negou a quem quer que seja e é uma pessoa muito generosa e viemos aqui hoje partilhar mais desse momento da sua trajetória de vida”, afirmou o prefeito.
Durante o ato, foi exibido um vídeo em que a militância de todo país presta solidariedade e apoios aos presos políticos e ao deputado João Paulo Cunha. Os filhos de José Genoíno, Ronan e Miruna foram alguns que prestaram seu depoimento.

Joana Saragoça, filha do ex-ministro José Dirceu, afirmou que seu pai está preso injustamente e que acredita na inocência do deputado federal João Paulo. “O meu pai, mesmo preso, está lutando como pode para provar a inocência dele, mas é aqui fora que a gente tem que fazer a mobilização pra provar a inocência dos nossos companheiros. João você pode ter certeza vamos estar com você até o final, porque a gente acredita! Acreditamos na sua inocência, tudo vai dar certo, a sua história é para o PT contar com orgulho, com muito orgulho”, disse Joana.
No ato de lançamento da Revista ‘A verdade’ – Nada mais que a verdade, o parlamentar dividiu a sua fala em três pontos, além de cumprimentar a toda à militância presente. Sobre a conjura, ele disse: “acho que esse ano vai ser um marco na história do partido e do Brasil. Se a nossa companheira Dilma ganhar de novo, e, eu acho que ela vai ganhar, vai ter um movimento contrário do que muita gente pensa, vai ter um momento de convergência nas forças que sustentam o governo da presidenta Dilma. O PT fez um negócio espetacular, foi uma coisa espontânea que foi a preparação de várias lideranças. Temos hoje dessa nova geração, o Haddad, prefeito de São Paulo, o Padilha que vai ser candidato a governador, o Lindbergh que vai ser candidato no Rio de Janeiro e o nosso companheiro Fernando Pimentel que será o candidato em Minas Gerais. Essa é uma nova geração”, frisou João Paulo.
O parlamentar relatou também a sua defesa que está publicada na revista ‘A verdade’. “A nossa revista visa ajudar as pessoas. Às vezes a gente tem um tio, um primo, um parente que não entende direito e é embalado por uma notícia. Aqui na revista tem todas as respostas”. O parlamentar ainda disse que é necessário desmistificar a AP 470 ser o maior escândalo. “Basta pegar as pessoas mais velhas ou ler um livro de história, pra saber que tivemos coisas mais arrepiantes conduzidas pela política. O Brasil teve três séculos de escravidão (…) e o Mensalão é um escândalo maior que a escravidão? A ditadura entrou com baioneta e fuzil na casa de trabalhadores e deixou uma série de jovens órfãos. O Mensalão foi maior que a Ditadura Militar? (…) Quer dizer que o mensalão foi mais duro do que vender a do Vale Rio Doce por três Bi, sendo que ela valia cem?”, questionou o deputado.
Para João Paulo, o ministro Joaquim Barbosa é cruel. “Ele acha que não tenho mãe, mulher, ele acha que não tenho filha, ele acha que não tenho amigo, companheiro, ele deve achar que sou um bandoleiro a andar pelas ruas do Brasil, eu não sei o que ele acha”, destacou.
Segundo o deputado, ele disse que está preparado para se apresentar. “Estou preparado para me apresentar, vou me apresentar, vou me apresentar de cabeça erguida, vou cumprir a minha pena, vai terminar a minha pena e vou sair, vou voltar para vila São José [zona norte da cidade de Osasco], vou pegar o meu carrinho e pode esperar, quem for meu amigo, vou abrir a porta e vou tomar um café. Quem pensa que vou parar, pode esquecer“, afirmou João Paulo.
Emocionado, João Paulo disse: “Esse negocio de prisão não é uma brincadeira, é um negócio sério. As pessoas sabem que a principal coisa que a gente tem é a liberdade. (…) Ser preso não é uma coisa fácil (…) principalmente quando se é inocente. Muitos não aguentam. O sofrimento tem que servir para alguma coisa, o sofrimento não pode ser uma macha imensurável para dor, não pode ser, o sofrimento tem que valer para alguma coisa para a gente. Eu me dediquei tantos anos pra luta, nunca fiz coisa errada, andei no caminho certo em todos os sentidos certos da vida e, de repente, cai um negocio desse sobre mim. Deve ser algo pra te fazer melhor, deve ser algo para se ouvir e pensar no que fala e poder avançar um pouco. É com essa crença que vou enfrentar nesse período, não será um período fácil, vai difícil com os companheiros José Dirceu, Genoíno e Delúbio (…) Enquanto mais forte vocês estiveram lá fora, mais força teremos para aguentar (…). Ao sair de lá quero estar onde sempre estive que é lutar pelo povo brasileiro para fazer a sua vida cada vez melhor”, disse João Paulo.
“Se alguém pensa que o Zé Dirceu vai morrer, vai tirando o cavalo da chuva. Se alguém pensa que o Genoíno vai parar, pode tirar o cavalo da chuva. Se alguém pensa que o Delúbio vai parar, pode tirar cavalo da chuva. E se alguém pensa se eu vou parar, pode tirar o cavalo da cavalo da chuva. Porque a luta continua,” finalizou o deputado sob aplausos dos presentes.
Ao final do ato, em entrevista exclusiva ao Portal Linha Direta, o deputado federal João Paulo Cunha deixou uma mensagem para a militância do PT. “A militância do PT precisa trabalhar esse ano para reeleger a presidenta Dilma, o centro da nossa ação e, além disso, organizar muito bem a campanha do nosso companheiro Padilha, porque pela primeira vez a gente pode ganhar o governo de São Paulo. Ganhando São Paulo, a gente enterra definitivamente o PSDB e o Brasil vai entrar em uma nova fase. A militância do PT é que vai fazer a diferencia”, declarou.
Os deputados federais José Mentor, Carlos Zarattini, Nilton Lima e Devanir Ribeiro e do deputado estadual osasaquense, Marcos Martins, também estiveram presentes no evento e prestaram solidariedade e apoio ao deputado.

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