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Crise hídrica em São Paulo “O secretário se porta como se tudo estivesse maravilha”, disse Alencar sobre respostas em reunião

 
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Na tarde desta quarta-feira (23/09), o secretário de Recursos Hídricos do Estado,  Benedito Braga, esteve na Comissão de Infraestrutura da Assembleia, por solicitação do deputado Alencar, para prestar contas das ações que estão sendo realizadas para conter a crise da falta d’água.
Diversos deputados que compõem a Comissão indagaram o secretário sobre as ações da pasta voltadas para a coleta de esgoto, saneamento e obras estruturantes para o abastecimento, mas para o deputado Alencar, responsável pela convocação e presidente da Comissão, o secretário deixou a desejar em suas respostas.
“Faltaram muitas informações. Precisamos de um debate mais aberto e franco. Pelas palavras do secretário, São Paulo está vivendo num mundo cor de rosa, como se não tivesse faltando água na torneira do cidadão, como se as pessoas da periferia não tivesse sofrendo dias e dias sem água. Na cidade de Guarulhos, de 2014 a 2015, a Sabesp reduziu 40% da água ofertada, prejudicando o abastecimento do município e assim tem feito em outras cidades”, apontou Alencar.
O deputado lembrou que recentemente a promotoria pública realizou uma audiência em que as pessoas relataram diversos problemas de falta de água no Estado “e o secretário se portou hoje como se estivesse tudo maravilha, como se vivêssemos num Estado que não falta água. Acredito que para resolver um problema, temos que admitir que ele existe, mas se o secretário está enxergando esta realidade como tranquila e sem problemas, a solução fica mais difícil, dificultando ainda mais um planejamento”, lamentou o parlamentar. “O secretário citou a obra do Rio Guaió, que deveria fazer a transposição de 1m³ por segundo ao sistema Alto Tietê, mas a obra foi inaugurada pelo governador e até agora não sai um litro sequer, ou seja, se contratou uma obra emergencial, sem licitação, e não tem água. Mais uma provada falta de planejamento do Estado”, lembrou ele.
O deputado afirma que o Estado vive esta crise hídrica por falta de planejamento e aguarda mais informações do que está sendo feito para a solução definitiva.  “Sugeri ao secretário que lesse o relatório do próprio governo do Estado, apresentado em 2012 e no ano passado ao TCE, em que já previa a proximidade de escassez e a necessidade de novas medidas para evitar este caos que estamos vivendo hoje. O governo não agiu conforme precisaria, mesmo ele apontando o que deveria ser feito, e se não agiu foi por omissão e falta de planejamento. Se chegamos nesta situação hoje é por que não priorizou, mas esperamos respostas e o fim dessa crise”, finalizou.
 

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