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Base de Alckmin ignora manifestações e discute projeto de aliadoNa sequência das discussões em Plenário desta quarta-feira (14/8), que transcorreram em paralelo às manifestações populares contra o Cartel da Corrupção Tucano, a Bancada do PT cobrou dos governistas que a prioridade da pauta da Assembleia Legislativa deveria ser a instalação de CPI para apurar as denúncias de fraudes nas licitações do Metrô e da CPTM. No entanto, o presidente da Casa, com respaldo da maioria governista, ignorou os apelos do PT e manteve a pauta da PEC de autoria do deputado Campos Machado, que não recebeu assinatura de nenhum deputado do PT.A propositura do aliado do governador versa sobre a concentração das ações do Ministério Público nas mãos do Procurador Geral do Estado.Feridos na manifestaçãoPor volta das 20 horas, desta quarta-feira (14/8), o número de manifestantes diante da Assembleia já havia diminuído e após o princípio de confronto com a PM foram contabilizados cinco feridos, dentre eles a militante da Central dos Movimentos Populares, Severina Ramos, e o fotógrafo do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Eduardo Oliveira. Com a negação dos fatos pelos integrantes da base de sustentação do governador Alckmin, o deputado João Paulo Rillo apresentou imagens dos feridos, que foram atendidos no serviço médico da Assembleia.Direito dos manifestantes
Na tribuna do plenário, Rillo defendeu o direito dos manifestantes de participarem dos protestos e o exercício da cidadania. Ele apresentou vídeo com imagens dele e do deputado primeiro secretário da Assembleia, o petista Enio Tatto, que por diversas vezes foi empurrado pelo PMs, que o impediam de entrar na galeria, onde o público estava sendo barrado de entrar para acompanhar a sessão.
Logo após a apresentação das imagens Rillo, criticou o procedimento adotado pelo presidente da instituição: “não tinha o menor sentido impedi-los de entrar na Assembleia, as pessoas têm direito de entrarem, acompanharem e protestarem sobre a pauta da Casa”.
Protesto contra truculência da PM
A seguir, o líder da Bancada, Luiz Claudio Marcolino, informou ao plenário que os deputados do PT estavam se retirando da sessão, por conta dos fatos ocorridos na Casa e em protesto contra a truculência da Tropa de Choque da PM para com os deputados e em solidariedade aos feridos.
Marcolino justificou: “ O PT vai requerer uma sindicância para apurar os responsáveis pela ação da Tropa de Choque no Parlamento e inclusive o uso da bala de borracha que estava abolida pela PM , conforme o governador Geraldo Alckmin recentemente noticiou,” destacou. O líder petista que se manteve em plenário para manifestar a posição petista no processo de votação.
Já passava das 23 horas quando ainda transcorriam as discussões da propositura e Marcolino informou ao plenário que a militante Severina Ramos estava internada no hospital São Paulo, para avaliação médica por suspeita de ferimentos na área dos olhos, que foram alvejados por bala de borracha disparados pela Tropa de Choque em frente a Assembleia paulista.
A base governista manteve as discussões da PEC 01, de autoria do deputado Campos Machado, que concentra nas mãos do procurador geral do Estado os procedimentos encaminhados ao Ministério Público.
Os debates se arrastaram até 0h20 (já nesta quinta-feira, 15/8), quando a sessão foi encerrada sem deliberação da propositura.
Neste caso a propositura permanece na pauta da Casa, até que haja acordo para sua deliberação.

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