Prefeito de São Paulo foi sabatinado por blogueiros na noite desta segunda (5) durante a estreia do Programa Contraponto
Por Aline Nascimento – Portal Linha Direta
Segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Das manifestações ocorridas no mês de junho à execução das metas de seu plano de governo, Fernando Haddad respondeu a sabatina de blogueiros conhecidos e anônimos na noite dessa segunda-feira (5) durante a estreia do Programa Contraponto – iniciativa do Centro de Estudos Barão de Itararé e do Sindicato dos Bancários. A atração foi comandada pela presidenta da categoria, Juvândia Moreira.
Em meio a perguntas de Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Luiz Carlos Azenha (Vi o Mundo) e Altamiro Borges (Blog do Miro), o petista apontou para a necessidade de repensar os programas sociais hoje em execução e a efetivação de ações em prol da mobilidade – foco principal de sua campanha – e da moradia, outro gargalo paulistano. Haddad lembrou que o mote da sua campanha foi destacar o quanto a vida do paulistano havia melhorado da porta para dentro. “E muita gente se reconheceu nesse bordão”.
Em uma conversa no início do ano, com Lula, Haddad teria dito que era preciso “pensar políticas sociais 3.0” – uma menção clara a necessidade de repensar as reais necessidades da população.
Manifestações
Para Haddad, “há uma indisposição inicial [de diálogo], mas que é facilmente quebrada porque o povo quer conversar, ele próprio quer entender para onde a gente vai caminhar”. E completa: “Não há como se promover avanços nas ciências, nas artes e na política negando-as. E muitos agentes políticos têm resvalado na negação (da política), o que concorre para o obscurantismo”, analisa.
O petista garante ainda que as ações vistas em todo o País, no caso de São Paulo, vão acelerar o processo de efetivação das bandeiras de luta levadas às ruas. “Do ponto de vista programático, vai acelerar o processo. Não vejo contradição programática da demanda, seja ela qual for, da corrupção, transporte coletivo, saúde pública. Enfim, eu estava defendendo tudo isso na campanha. (…)Do ponto de vista da opinião pública, nosso governo começa agora. Estávamos revendo contratos. Até porque não é um governo de continuidade”, fala ao lembrar que os atos se derem em meio a cinco meses de sua gestão.
Em resposta às ações de grupos conservadores que atuam nas redes sociais, o prefeito foi direto: “O fato é que não foi apresentado nenhum projeto alternativo para o país com mais fôlego do que o nosso”.
Transportes
Ao falar do transporte público, o prefeito assegurou que vai abrir [as contas públicas] às últimas consequências. “A população precisa ter o conforto de conhecer os números, não criei uma controladoria nem contratei uma empresa internacional à toa”, afirma.
Ele lembra ainda que duas ações são prioritárias nesse sentido, e que ambas serão cumpridas. “Uma é acabar com a taxa de inspeção veicular, que a partir do próximo ano não vai mais estar em vigor. A outra é o Bilhete Único Mensal. E vamos ter que fazer das tripas coração para fazer disso realidade”.
Arco do Futuro
Também carro chefe no plano de governo que o levou à vitória, o Arco do Futuro depende da aprovação no plano diretor – que será encaminhado já no mês de setembro. Segundo Haddad, a proposta “redesenha São Paulo”. “Vamos adensar a cidade onde ela pode ser adensada, que é perto do transporte público. É perto do metrô que você pode edificar e dar a população essa proximidade com o transporte público!”, cita como uma das várias ações previstas.
Ele ainda completa quando questionado sobre o prazo de conclusão das obras: “Até 2016 temos que aprovar o plano diretor. Aprovando, vamos tomar as rédeas da ordenação do território, a cidade passa a se desenvolver de acordo com essas regras”.
Atuação Política
“Não consigo tomar uma decisão sem que a população esteja cientificada dessas decisões. (…) E o político não pode perder a relação com a sociedade de não omitir nem fraudar a sociedade, esse eu acho que é o principal prejuízo, ser desacreditado pela população”.
Ao responder porque optou pela aparição pública ao lado do governador Geraldo Alckmin, Haddad disse que não seria “desleal, do ponto de vista político, quando eu sei que o governador atendeu a um pedido federal. Tenho certos protocolos que eu não rompo por duas razões: o primeiro é caráter, ou você tem hombridade para assumir sua postura ou não tem; a segunda é o interesse da cidade, que é muito maior que isso”.
O prefeito garantiu ainda que não poderia criar disputas artificiais em virtude de oportunismo político. “Há prejuízo de curto prazo em anunciar conjunta ou separadamente? Há, mas não acho que tenha que fazer essa contabilidade porque depois você vai ter tempo de explicar quais princípios e valores nortearam suas decisões”, finaliza.
Haddad comentou ainda a questão da regulamentação dos meios de comunicação, se mostrando favorável a uma lei que não interfiro nos conteúdos, mas normatize as formas de produção dos mesmos. Brincou também ao falar das eventuais chances de Padilha: “Ele larga com 3%”, em referência clara as suas próprias chances na disputa pela Prefeitura.
Em meio a perguntas de Paulo Henrique Amorim (Conversa Afiada), Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania), Luiz Carlos Azenha (Vi o Mundo) e Altamiro Borges (Blog do Miro), o petista apontou para a necessidade de repensar os programas sociais hoje em execução e a efetivação de ações em prol da mobilidade – foco principal de sua campanha – e da moradia, outro gargalo paulistano. Haddad lembrou que o mote da sua campanha foi destacar o quanto a vida do paulistano havia melhorado da porta para dentro. “E muita gente se reconheceu nesse bordão”.
Em uma conversa no início do ano, com Lula, Haddad teria dito que era preciso “pensar políticas sociais 3.0” – uma menção clara a necessidade de repensar as reais necessidades da população.
Manifestações
Para Haddad, “há uma indisposição inicial [de diálogo], mas que é facilmente quebrada porque o povo quer conversar, ele próprio quer entender para onde a gente vai caminhar”. E completa: “Não há como se promover avanços nas ciências, nas artes e na política negando-as. E muitos agentes políticos têm resvalado na negação (da política), o que concorre para o obscurantismo”, analisa.
O petista garante ainda que as ações vistas em todo o País, no caso de São Paulo, vão acelerar o processo de efetivação das bandeiras de luta levadas às ruas. “Do ponto de vista programático, vai acelerar o processo. Não vejo contradição programática da demanda, seja ela qual for, da corrupção, transporte coletivo, saúde pública. Enfim, eu estava defendendo tudo isso na campanha. (…)Do ponto de vista da opinião pública, nosso governo começa agora. Estávamos revendo contratos. Até porque não é um governo de continuidade”, fala ao lembrar que os atos se derem em meio a cinco meses de sua gestão.
Em resposta às ações de grupos conservadores que atuam nas redes sociais, o prefeito foi direto: “O fato é que não foi apresentado nenhum projeto alternativo para o país com mais fôlego do que o nosso”.
Transportes
Ao falar do transporte público, o prefeito assegurou que vai abrir [as contas públicas] às últimas consequências. “A população precisa ter o conforto de conhecer os números, não criei uma controladoria nem contratei uma empresa internacional à toa”, afirma.
Ele lembra ainda que duas ações são prioritárias nesse sentido, e que ambas serão cumpridas. “Uma é acabar com a taxa de inspeção veicular, que a partir do próximo ano não vai mais estar em vigor. A outra é o Bilhete Único Mensal. E vamos ter que fazer das tripas coração para fazer disso realidade”.
Arco do Futuro
Também carro chefe no plano de governo que o levou à vitória, o Arco do Futuro depende da aprovação no plano diretor – que será encaminhado já no mês de setembro. Segundo Haddad, a proposta “redesenha São Paulo”. “Vamos adensar a cidade onde ela pode ser adensada, que é perto do transporte público. É perto do metrô que você pode edificar e dar a população essa proximidade com o transporte público!”, cita como uma das várias ações previstas.
Ele ainda completa quando questionado sobre o prazo de conclusão das obras: “Até 2016 temos que aprovar o plano diretor. Aprovando, vamos tomar as rédeas da ordenação do território, a cidade passa a se desenvolver de acordo com essas regras”.
Atuação Política
“Não consigo tomar uma decisão sem que a população esteja cientificada dessas decisões. (…) E o político não pode perder a relação com a sociedade de não omitir nem fraudar a sociedade, esse eu acho que é o principal prejuízo, ser desacreditado pela população”.
Ao responder porque optou pela aparição pública ao lado do governador Geraldo Alckmin, Haddad disse que não seria “desleal, do ponto de vista político, quando eu sei que o governador atendeu a um pedido federal. Tenho certos protocolos que eu não rompo por duas razões: o primeiro é caráter, ou você tem hombridade para assumir sua postura ou não tem; a segunda é o interesse da cidade, que é muito maior que isso”.
O prefeito garantiu ainda que não poderia criar disputas artificiais em virtude de oportunismo político. “Há prejuízo de curto prazo em anunciar conjunta ou separadamente? Há, mas não acho que tenha que fazer essa contabilidade porque depois você vai ter tempo de explicar quais princípios e valores nortearam suas decisões”, finaliza.
Haddad comentou ainda a questão da regulamentação dos meios de comunicação, se mostrando favorável a uma lei que não interfiro nos conteúdos, mas normatize as formas de produção dos mesmos. Brincou também ao falar das eventuais chances de Padilha: “Ele larga com 3%”, em referência clara as suas próprias chances na disputa pela Prefeitura.