DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS
‘É uma vergonha a atuação do MPF no cartel de trens de São Paulo’, afirma deputado
Para Alencar Santana Braga (PT-SP), Judiciário paulista combate a corrupção de forma seletiva, e denúncia formal contra governos tucanos do estado já deveria ter sido apresentada pela Procuradoria
por Redação RBA publicado 24/11/2015 13:24, última modificação 24/11/2015 16:25
ALÊ VIANA/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS
São Paulo – “É uma vergonha e demonstra a maneira seletiva de atuação de alguns membros do Ministério Público Federal. São dois pesos e duas medidas”, avalia o deputado estadual e presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de São Paulo, Alencar Santana Braga (PT-SP), sobre atraso na entrega das denúncias do MPF sobre o cartel de trens no governo de São Paulo entre 1998 e 2008, nas gestões do PSDB.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (24), o parlamentar afirma que o procurador Rodrigo De Grandis está sendo omisso sobre o caso. “Por três anos, ele deixou guardado na gaveta o documento que solicitava informações do Ministério Público da Suíça sobre as irregularidades dos trens e metrô de São Paulo. Agora ele não faz a denúncia, mesmo com o inquérito concluído pela Polícia Federal. Parece até querer proteger algumas pessoas.”
De Grandis disse ao jornal Folha de S. Paulo que aguarda o envio de documentos das autoridades estrangeiras para comprovar os crimes de lavagem de dinheiro. Para o deputado do PT, já existem provas suficientes para protocolar formalmente a denúncia. “A PF já concluiu o inquérito, ou seja, há embasamento suficiente para apresentar a denúncia. Se ele aguarda o documento de fora para ter mais prova, não tem problema, você faz a denúncia e depois junta o documento, o que não pode é deixar o prazo passar, e deixar a impunidade continuar nas autoridades tucanas.”
Alencar explica que a demora em apresentar a denúncia pode fazer os responsáveis pelos desvios e formação de cartel acabarem impunes. “Caso a denúncia demore para ser feita, os crimes podem acabar prescritos.”
Na avaliação do parlamentar, há uma blindagem do Judiciário com as autoridades tucanas. Ele cita casos além do chamado “trensalão”, como o mensalão mineiro e a Lava Jato. “Nós podemos ver que os casos de impunidade se repetem. No caso da própria Lava Jato, quando autoridades tucanas são citadas, a gente não vê uma ação mais efetiva por parte do Judiciário. Aliás, o Antonio Anastasia (PSDB, ex-governador de Minas e atual senador) pediu o arquivamento da delação contra ele.”
“É inconcebível imaginarmos que algumas autoridades do Poder Judiciário estejam protegendo determinado partido. Aquilo que for irregular deve ser apurado, doa a quem doer. Isso foi um mérito do governo Lula e Dilma de deixarem as investigações do MPF correrem tranquilamente”, conclui.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (24), o parlamentar afirma que o procurador Rodrigo De Grandis está sendo omisso sobre o caso. “Por três anos, ele deixou guardado na gaveta o documento que solicitava informações do Ministério Público da Suíça sobre as irregularidades dos trens e metrô de São Paulo. Agora ele não faz a denúncia, mesmo com o inquérito concluído pela Polícia Federal. Parece até querer proteger algumas pessoas.”
De Grandis disse ao jornal Folha de S. Paulo que aguarda o envio de documentos das autoridades estrangeiras para comprovar os crimes de lavagem de dinheiro. Para o deputado do PT, já existem provas suficientes para protocolar formalmente a denúncia. “A PF já concluiu o inquérito, ou seja, há embasamento suficiente para apresentar a denúncia. Se ele aguarda o documento de fora para ter mais prova, não tem problema, você faz a denúncia e depois junta o documento, o que não pode é deixar o prazo passar, e deixar a impunidade continuar nas autoridades tucanas.”
Alencar explica que a demora em apresentar a denúncia pode fazer os responsáveis pelos desvios e formação de cartel acabarem impunes. “Caso a denúncia demore para ser feita, os crimes podem acabar prescritos.”
Na avaliação do parlamentar, há uma blindagem do Judiciário com as autoridades tucanas. Ele cita casos além do chamado “trensalão”, como o mensalão mineiro e a Lava Jato. “Nós podemos ver que os casos de impunidade se repetem. No caso da própria Lava Jato, quando autoridades tucanas são citadas, a gente não vê uma ação mais efetiva por parte do Judiciário. Aliás, o Antonio Anastasia (PSDB, ex-governador de Minas e atual senador) pediu o arquivamento da delação contra ele.”
“É inconcebível imaginarmos que algumas autoridades do Poder Judiciário estejam protegendo determinado partido. Aquilo que for irregular deve ser apurado, doa a quem doer. Isso foi um mérito do governo Lula e Dilma de deixarem as investigações do MPF correrem tranquilamente”, conclui.