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A palavra da CUT Guarulhos sobre as manifestações das ruas

É importante salientar que os recentes movimentos das ruas avançaram em número e cidades, a partir da adesão de setores sociais de jovens beneficiados pelos programas do governo federal e da grande insatisfação que explodiu depois da reação violenta das forças policias. Os meios de comunicação que antes atacavam o movimento, passaram a tentar influenciá-los com pautas anti-governistas e anti-partidárias, mas esse é um processo ainda em curso.
 
Por Rogério Vieira – Coordenador da CUT Guarulhos
 
cut
 
A cidade de Guarulhos foi palco de recentes manifestações de jovens estudantes e cidadãos e que fizeram parte do conjunto de ações militantes que tomaram conta das ruas do Brasil. Manifestações populares no Brasil não são novidades, os movimentos sociais e a CUT tem protagonizado nos últimos anos diversas marchas sempre reivindicando pautas em favor dos trabalhadores e setores marginalizados da sociedade brasileira.
Mas então o que há de distinto nos movimentos atuais? Estes foram movimentos similares entre si nas distintas localidades em que ocorreram, mas não iguais, com pautas e grupos participantes diferentes, que ocorreram ao mesmo tempo em distintas cidades do nosso país, e que mereceram ampla cobertura da imprensa e com forte reação violenta por parte da polícia.
Essas manifestações a parte conduziram uma quantidade de pessoas comparável aos movimentos FORA COLLOR, às manifestações pelas DIRETAS JÁ. Também comparável às greves gerais que ocorreram no fim dos anos 70 e início dos anos 80, momento que veio consolidar, a partir das lutas de base, o surgimento da CENTRAL UNICA DOS TRABALHADORES.
Estes movimentos anteriores estavam fortemente marcados pela participação de uma militância organizada, mas também pelo apoio de estudantes e trabalhadores que eram convocados por entidades como a CUT. De certa forma o que ocorreu na capital de São Paulo não foi diferente, as manifestações começaram a partir do Movimento Passe Livre, MPL – organização de esquerda não partidária que existe há anos e que tem origem em debates nos Fóruns Sociais Mundiais realizados em distintas cidades do mundo. Por isso é importante salientar que política depende de ações voluntárias, mas de linhas de ação definidas para que a sociedade tome rumos de desenvolvimento sólidos.
É evidente que depois da reação violenta da polícia militar, distintos movimentos se fizeram presentes e foram organizando-se através das redes sociais sem a perspectiva partidária ou institucional. Não se pode negar que parte da juventude e dos brasileiros tenham apresentado um afastamento de participação e de formas de influencia em relação as instituições públicas, como grupos organizados e o orçamento participativo, mas isso não é uma realidade de todos os jovens.
Graças a formação organizada de setores populares como a CUT, é que pautas de trabalhadores e setores antes não contemplados politicamente puderam, mesmo nos tempos neoliberais de FHC e na sua superação pelos governos de Lula e Dilma, ver a defesa de políticas públicas avançarem para além de discursos, em práticas governamentais que mudaram o cenário econômico-social deste país.
É importante salientar que os recentes movimentos das ruas avançaram em número e cidades, a partir da adesão de setores sociais de jovens beneficiados pelos programas do governo federal e da grande insatisfação que explodiu depois da reação violenta das forças policias. Os meios de comunicação que antes atacavam o movimento, passaram a tentar influenciá-los com pautas anti-governistas e anti-partidárias, mas esse é um processo ainda em curso.
O resultado dessa energia desencadeada de ação social foi a manifestação de duas linhas de ação não necessariamente antagonista, mas que foram radicalizadas no discurso dos meios de comunicação: de um lado a defesa da ação horizontal, não institucional e do outro as bandeiras de grupos organizados institucionalmente que possuem uma linha diretiva e pautas definidas previamente em coletivos. Essas duas formas de manifestação passam a coexistir agora no Brasil! A CUT desde sua direção nacional, mas também por meio de sua Coordenadoria Regional em Guarulhos, considera que seu papel de defesa de bandeiras históricas deve ser intensificado, através de sua ação orgânica e em diálogo com essas novas formas de atuação política, por essa razão é que no plano nacional estará intensificando ações de mobilização que já estavam em curso, mas que podem ser favorecidas pelo cenário de maior pressão popular que antes não se fazia presente.
Unir a coragem do coração com a racionalidade da cabeça é o que a Central Única dos Trabalhadores pensa como base de estratégia. Em Guarulhos, antes mesmo desses levantes de manifestação, além de sua inserção na organização sindical, com a defesa destas instituições e o encaminhamento de pautas de trabalhadores, a CUT vinha encaminhado ações de militância e reflexão (por meio de manifestações, encontros e palestras) que buscavam uma relação mais íntima com grupos organizados e cidadãos interessados nos processos políticos. O enfoque atual tem sido o debate de questões nacionais e da cidade e a questão dos direitos humanos. Ademais, tem sido intensificado o diálogo com os distintos níveis de organização da sociedade como os movimentos organizados, a sociedade civil, mas também a polícia militar. Mesmo encontrando dificuldades e resistência este trabalho será intensificado na região, os eventos e formas de ação estão sendo sempre comunicados a sociedade.
As ruas têm pedido maior investimento nos transportes, saúde, educação e segurança. Esperamos que esta nova onda de participação e reivindicação que tomou conta do Brasil seja um fator de estímulo para que muitos jovens, trabalhadores, mulheres e homens se aproximem das iniciativas que a CUT Guarulhos buscará construir junto com a sociedade desta região. Unidos somos mais fortes!
 
 
 
 

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